quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Conversei com Scracho antes da passagem de som, sábado passado (12.09) no Hangar 110, em São Paulo. A Banda falou sobre o assédio dos fãs, os shows, a estreia do DVD ‘Mtv Apresenta Scracho’, que rola o mês que vem. E muito mais!


CG. Por mais que vocês sejam classificados como banda de rock no álbum de vocês é bem diversa a classificação musical. As influências estão no rock e no reggae. De quem foi a ideia de misturar ritmos? Como foi a criação?

Diego: Cada um gosta de uma coisa, a gente mistura tudo. E sai o nosso som.

Dedé: Todo mundo gosta de rock e reggae. Então assim, com o tempo começamos a ouvir outros estilos diferentes que acabaram interferindo. E não foi uma coisa de cada um, e sim de todos da banda.

CG. Dentro do cenário de bandas independentes, no inicio da carreira de vocês era mais favorecido as oportunidades de shows no Rio ou em São Paulo?

Diego: A gente começou fazendo show no Rio. Tocando no colégio, depois em outros colégios, e em festas. Que basicamente foi onde começamos. Nosso primeiro público foi no Rio. Por causa da internet pessoas de São Paulo começaram a escutar também a banda. E o nosso primeiro show fora do Rio, foi em SP. Depois disso foi se espalhando pra outros lugares como em Curitiba, Minas Gerais, Nordeste...

Dedé: E tocar em SP foi uma coisa muito boa, porque havia muitas pessoas querendo que tocássemos. E é um dos lugares que a gente mais gosta de tocar, é muito maneiro.


CG. Hoje em dia a divulgação da banda pela internet é fundamental para a entrada no mercado musical. Vocês acham que downloads gratuitos das músicas pela internet interferem na venda de CDs do Scracho?

Diego: Interferir. Interfere.

Dedé: Mais acho que hoje em dia o nosso interesse é que as pessoas conheçam mais o nosso trabalho, o principal foco não é somente de que as pessoas comprem o nosso CD. É um assunto polêmico, mais com certeza acaba favorecendo muito na divulgação. O que é bom pra gente.

CG. Como foi para você Dedé, receber o prêmio de Melhor Instrumental na Premiação do MultiShow?

Dedé: Foi muito legal e uma surpresa muito grande. Eu sou uma pessoa muito otimista, por natureza. E claro que cheguei até pensar, e vi as pessoas se esforçando muito pra isso, como os fãs na comunidade. Elas estavam muito empenhadas e por isso já tinha ficado muito feliz. E até muito agradecida de ser indicada, e no dia que indicaram meu nome foi surreal, nunca poderia imaginar. É inacreditável hehe

CG. Vocês prometeram um mico pela premiação. Quando vamos dar boas risadas?

Dedé: Na verdade, quem fez a promessa foi o Diego. Ele prometeu que caso eu ganhasse o prêmio, nós quatro iríamos pagar um mico só como recompensa. Tivemos uma ideia ontem no ensaio (11.09) e quando a gente voltar pro Rio vamos grava.

CG. Como que foi receber o convite para a gravação do Mtv Apresenta?

Diego: A gente não tinha ideia que isso iria acontecer. O nosso projeto era explorar as músicas do primeiro álbum, como ‘Morena’ que é uma música para trabalhar ainda. Produzir o novo álbum, começando a fazer músicas inéditas e com letras novas. E quando pintou esse convite foi uma coisa que a gente não esperava e que não estávamos planejando. Mais as melhores coisas acontecem assim. E quando a gente se deu conta do tamanho do projeto que era realmente para apresentar o Scracho para as pessoas, foi muito legal. E deixamos de lado um pouco o projeto das inéditas para se dedicar ao DVD.

Dedé: Foi maravilhoso. Fora que grava um DVD é muito bom.

CG. Há duas inéditas no DVD Mtv Apresenta e os fãs estão ansiosos para saber. Fora a expectativa que está grande para o inicio das vendas no próximo mês. Vai rolar algum álbum junto com DVD?

Dedé: Vai rolar um CD junto com o DVD sim.

Diego: E as inéditas são do estilo Scracho hehe Pegamos as que em parte estavam mais prontas e que a gente gostava mais. Não está definindo o estilo para o novo álbum. E como o Mtv Apresenta é para mostrar o Scracho para um público que ainda não conhece, então o núcleo é ainda do nosso primeiro CD, mais pra divulgar. E sabemos que os nossos fãs querem músicas novas, por isso colocamos ‘Bom Dia’, que está na internet em versão acústica, e no DVD está com banda. Fizemos um cover da banda Novos BaianosA Menina Dança’ com a Débora cantando, recuperamos mais duas músicas que não estavam no CD ‘A grande bola azul’.

Caio: Na verdade a gente está complicando mais ainda. Nós viemos para complicar hehe

Dedé: As músicas são diferentes e são parecidas, mais não são a mesma coisa hehe São duas músicas que a gente se amarra e como o Diego falou não mostra como vão ser as próximas do novo álbum.

CG. Os fãs da banda têm aumentado a cada dia. E com isso aumenta a agenda de shows e compromissos. Que por exemplo, nesse último final de semana vocês fizeram três shows em São Paulo. Como estão lidando com essa nova rotina?

Dedé: Estamos na correria e sempre tentando dar conta do recado. A gente está sempre buscando fazer shows diferentes. Como o projeto do Mtv que tivemos que nos dedicar muito, ensaios e gravação de música nova. E sempre tem coisa pra fazer. Um dia sempre é diferente do outro, acontece mais ou menos assim, sempre tem algo pra fazer. Mesmo quando não tem nada, só você entrar na internet dá pra você fazer coisas pela banda.

Diego: A gente sempre quer mais tempo e não temos hehe Não tem rotina.

CG. Vocês vão tocar o segundo ano consecutivo no Evento da Revista Capricho – NoCapricho/SP. Vocês acham que essa é uma prova do reconhecimento do público sobre a música de vocês?

Diego: Na real mesmo? É porque a gente é muito bonito hehehehehe Quatro pessoas lindas e super na moda.

Dedé: Na verdade a Revista Capricho é uma revista feminina...

Diego: E justamente por ser uma entrevista feminina, é por nossa culpa hehe (Apontando para o Caio e o Gabriel).

Dedé: Foi muito muito legal o show no NoCapricho e agente também está com muita expectativa pra esse ano de novo. A gente fica muito feliz.

Diego: O legal é que também tem menina que lê Capricho, gosta de Scracho e não pode ir aos shows. E o NoCapricho acaba sendo uma oportunidade dos pais deixarem ir.

Dedé: Acaba atingindo um público diferente também. E muita gente que vai estar lá só pelo evento e vai conhece a banda. É outro tipo de show e pra gente é uma oportunidade boa, porque a Capricho é uma revista divulgada.

Diego: Eu percebi o ano passado tinha muita gente que conhecia Scracho, mais nunca tinha ido ao show. Apesar da gente já ter tocado no Hangar 110. Fica bem mais acessível, e é mais fácil convencer uma amiga que não gosta de Scracho, dizendo que vai rolar várias atrações. É um evento muito bom para banda tocar.

CG. Vocês mantêm uma relação muito próxima dos fãs. E por estarem na mídia, rola algum assédio, a ponto de incomodar?

Caio: Assédio Bom! Hehehehe

Diego: Quando o assédio é saudável. Como quando um fã diz que gosta da banda, das músicas, que somos importantes, ou que as letras da banda têm um significado pra eles. Às vezes quer um abraço, uma foto, um autógrafo... É legal. Agora quando colocam a gente em um pedestal é meio assustador.

Dedé: Na verdade é isso mesmo. Temos uma relação de muito respeito com os fãs e eles nos respeitam muito. Estamos sempre tentando estar em contato com eles, é muito bom esse carinho. Estamos sempre à disponível pra conversar, tirar foto com quem quiser, pra gente é sempre um prazer.


Por Cintia Guccih . Fotos Divulgação Scracho / Bruno Massao / Caio Paifer / Cíntia Guccih

sexta-feira, 11 de setembro de 2009


Entrevista Just Off Turner



A banda JOT de Los Angeles, formada por Bryan Mounce (vocal e guitarra), Eric Gustafson (tambores & vocal), Phil Metzler (teclados & vocal) e Stephen Andrews (baixo & vocais). Que abriu os post’s de 2009 aqui no Blog. Está de volta!
E agora com uma entrevista exclusiva. Falando sobre influências, experiências, composições e sobre a futura vinda ao Brasil.

CG. Quando começaram na música?
Bryan: Ganhei a minha primeira guitarra quando tinha uns 6 ou 7 anos de idade. De inicio eu não quis aprender a tocar, porém aos 17 anos surgiu o interesse. Naquela época eu fiquei muito interessado em escrever canções, mas eu era muito tímido para cantar em público. Depois de um ou dois anos, lentamente trabalhado, criei coragem de cantar na frente das pessoas.



Phil: Eu comecei a tocar trompete quando eu tinha onze anos e o piano quando eu tinha doze anos. Eu também fui para a faculdade de música.

CG. Como se conheceram para formar a banda?
Bryan: Eric e eu nos conhecemos através de amigos em comum, há uns 10 anos atrás, em Arkansas. Nós nos mudamos para L.A. em 2001. Depois de perder alguns dos integrantes mais antigos do JOT, nós decidimos que queríamos encontrar um tecladista. Uma noite, estávamos saindo de Hollywood em um bar quando fomos apresentados para Phil. Depois do nosso primeiro ensaio com Phil, sabíamos que queria que ele fosse da banda. Logo após isso, Stephen foi a uma festa no meu apartamento. Eric nos apresentou, dizendo que ele tocava baixo, de modo que acabamos o convidando para tocar com a gente. Tivemos várias audições para baixistas, mas Stephen era o melhor de longe! Felizmente, todos nós nos dávamos bem e gostávamos de tocar juntos.

CG. Quais foram as bandas que vocês tiveram influências na formação do repertório próprio?
Eric: Para o último álbum em particular, eu teria que dizer Led Zeppelin, Ed Harcourt, e sempre um pouco de Radiohead!



Bryan: Alguns artistas que me influenciaram ao longo dos anos são Counting Crows, Jeff Buckley, Al Green, Fleetwood Mac, Smokey Robinson... Todos os que escrevem grandes melodias ou com grande paixão.

Phil: Eu acho que com a abordagem do Radiohead e a apresentação, e formulário são os primeiros pensamentos em minha mente. The Beatles para a melodia e experimentação.
CG. Após o sucesso de “The Long Walk Back” lançado em 2007, que traz canções contagiantes. Vocês lançaram no inicio de Abril/09 o novo álbum “Words On Waves” que está divino. Gostaria que vocês comentassem um pouco a respeito da produção do álbum recém lançado.
Phil: Depois de "The Long Walk Back" passamos muito tempo para promovê-lo e fazendo vários shows. Nós realmente não escrevemos muito até o verão de 2008. E no momento em que começamos a gravar “Words On Waves” tínhamos catorze músicas para escolher.



Bryan: Nós trabalhamos nas composições e ensaiamos as canções por vários meses antes de começarmos a gravar. Muitas das canções faltaram letras até o momento da gravação. Nós gravamos 14 músicas. Eu fui capaz de terminar a letra para as 10 canções que foram para o álbum. As outras 4 certamente irão aparecer em algum momento no futuro.



Eric: A bateria foi gravada em duas sessões com 7 músicas. Em uma sessão particularmente divertida, eu coloquei uma grande quantidade de fita adesiva em todos os meus tambores e pratos para simular um tambor do tipo Motown, para definir o som. Caiu muito bem, embora não estar fazendo parte do álbum. Assim, você só tem que confiar em mim... Foi legal!


CG. Vocês acham que amadureceram de um álbum para o outro?
Phil: Absolutamente. Quando começamos a "The Long Walk Back" havia algumas canções antigas gravadas, como canções que foram escritas com outras pessoas. "Words On Waves" foi à síntese de nós quatro e de nossas influências. Tudo reunido.
Bryan: Eu acho que a nossa música amadurece naturalmente na medida em que crescemos e aprendemos sobre nós mesmos, e uns aos outros.



Eric: Sim, em nossas composições. Mas continuamos a agir como alunos da terceira série o resto do tempo.

CG. São muito amplos os arranjos das músicas de vocês, em questão de instrumental. O estilo pop/rock que vocês fazem, traz influências de outros estilos musicais também?
Bryan: Eu acho que somos influenciados por todo tipo de música que ouvimos. Eu sou inspirado pelo som da Motown, assim como rock dos anos 70. Mas eu ouço e aprecio uma grande variedade de estilos musicais.
Phil: Eu tenho um histórico do jazz, por isso estou sempre tentando esticar os limites da nossa música pop.
CG. Quem faz as composições da banda?
Bryan: Nós trabalhamos na música juntos. Estrutura da canção tornou-se um grande esforço de colaboração para nós. Mas isso acontece de forma diferente a cada vez. Podemos começar a partir de uma ideia de piano, ou uma bateria e groove no baixo, ou simplesmente de vários de improvisos. Uma vez que as músicas começam a tomar forma, eu trabalho em uma melodia vocal e em seguida, escrever as letras para se ajustar à melodia.

CG. Phil (teclado & vocal) tem uma ligação com o Brasil, até mesmo através do cantor Tiago Iorc. Gostaria de saber se todos da banda também têm alguma ligação com o país?
Bryan: Eu não tive o prazer de conhecer o Tiago ainda, mas estou ansioso para conhecê-lo. E claro, todos os nossos fãs brasileiros!



Eric: Ainda não, mas espero muito em breve ;)

CG. Gostam de alguma banda ou cantor brasileiro?
Bryan: Tiago Iorc é claro!
Eric: Sim, Tiago é magnífico! Agora estou tentando explorar mais a música brasileira.



Phil: João Gilberto, Gilberto Gil e Os Mutantes estão todos em meu iPhone.

CG. Quando vocês virão para Brasil fazer shows?

Phil: Espero que muito em breve. Eu amo o Brasil e as pessoas. Eu mal posso esperar para voltar.



Eric: Nós estamos trabalhando na criação de um show especial para o Brasil. Vai levar algum tempo para trabalhar os detalhes, mas vamos deixar isso acontecer!

CG. Deixe uma mensagem para os fãs brasileiros.



Phil: Muito obrigado pelo o seu amor e apoio. Todo mundo foi muito amável!



Bryan: Muito obrigado por ouvir as nossas músicas! Nós realmente agradecemos a todos vocês pelas amáveis palavras. E realmente estou ansioso para encontrar todos vocês! Por favor, divulguem JOT no país maravilhoso!

Eric: É muito gratificante para JOT ter fãs no Brasil! Nós mal podemos esperar para tocar para vocês, e desfrutar do seu belo país!

Por Cintia Guccih . Fotos Divulgação MySpace

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